Niall Horan On -
E, finalmente, o sinal bateu.
Pego meus materiais e vou até a professora.
- Será que poderíamos conversar? – Pergunto já preparado para um seco “não!” dela.
- Tem alguma dúvida na matéria, Horan? – Droga.
- Depende de qual matéria você está falando – sorrio, ela revira os olhos.
- Eu já disse que não temos mais nada, pare com isso.
- Como você pode… – Falo alto, mas paro ao perceber que todos que ainda estavam na sala olhava-nos. – Como você pode dizer isto? – Pergunto baixo.
- Da mesma forma em que você me deixou, lembra? – Ela rebate. – Eu não vou fazer tudo de novo, eu não vou ser idiota novamente, Niall.
- Eu te amo. – Respondo devagar. – Confia em mim, me dá outra chance, por favor.
- Eu tenho que ir, Horan, já que não tem dúvida alguma sobre a matéria. Passar bem. – Ela sorri fraco e sai da sala carregando a bolsa que ela levava os materiais.
○ ○ ○
Vejo-a entrando no hall do prédio que morava. A sigo e, ao vê-la de cabeça baixa no elevador, entro nele. Ela procurava algo na sua bolsa, talvez as chaves, portanto, ainda não havia notado minha presença.
- Boa tarde – ela diz baixo.
- Esqueça a gentileza, eu te conheço há tempos – ela se assusta e, devagar, vai subindo o olhar até mim.
- Eu já falei para você não vir aqui. – Ela diz brava. Passo um braço pelo ombro dela, apoiando-me na parede, e ela encosta a cabeça no mesmo fitando o teto, faço o mesmo com a outra mão, encurralando-a.
- Você não pode mandar em mim.
- É a minha casa.
- Ainda não, aqui ainda não é.
- Cacho…
- Epa, assim você me ofende, gata. – sorrio. Recebendo um soco no peito.
- Deixa de ser idiota e iludido.
- Você me excita assim, bruta.
- Você é um idiota, Niall, vai embora. – Ouvimos um barulho agudo do elevador e as portas se abriram. – Vai embora.
Ela saiu do elevador e voltou a procurar as chaves. Vou também.
- Por favor, Niall, vai embora, já disse que não temos mais nada, conforme-se!
- Anik, só mais uma chance, eu imploro, prometo que não irá se arrepender.
- Eu vou sim, você é apenas um menino, Niall, e, além disso, é o meu aluno. – Ela acha a chave e abre a porta.
Entro em seu apartamento sem nem esperar ser desconvidado. Ela geme de frustração ao perceber que não se livrará de mim facilmente.
- Entenda, querido, nós não temos mais nada, nós não podemos ter algo, isso pode ser considerado abuso sabia? Eu posso ser presa. Eu já me arrisquei por você antes e você me decepcionou!
- Confia em mim – sentei no sofá e fitei o chão.
- Eu confiei uma vez, já basta. Ou se esqueceu do que fez? – ela disse -, você ainda não é nem um homem, Niall, você é uma criança ainda.
- Criança? Não era isso que você dizia quando…
- Não termina essa frase! – Interrompeu.
- Quando estava de quatro para mim. – Concluí. - E eu sei que o que fiz foi errado, mas eu me arrependi, ta legal?!
- Você é um otário. – Me deu um tapa na cara. – Cresça, Niall Horan, você é igual seus amiguinhos fúteis, como eu fui capaz de acreditar em você? – Levanto e a pego pelos braços.
- Eu devo ser um otário mesmo para amar tanto você! – Digo olhando em seus olhos.
Ela paralisa, me observa por alguns minutos e geme ao sentir minhas mãos apertando-a mais.
- Me desculpe – a solto –, vou embora.
Caminho até a porta.
- Não… fica aqui, vamos conversar – ela diz baixo.
- Mudou de ideia, professorinha? – Pergunto. Ela bufa.
- Na verdade, não. Mas nós precisamos conversar.
- Conversar para quê? Nós sabemos onde isso vai terminar – ela ia abrir a boca para me xingar, mas eu disse: -, você vai me dar outra chance. Porque eu sou o partidão que você espera há anos. – Brinco, ela ri e olha pro chão.
- Você é um idiota.
- Mas você gosta. – Ela suspira. – Anik – me aproximei e peguei suas mãos -, me perdoa pelo que eu fiz, eu me arrependo, eu… Não queria ter feito aquilo. Eu amo você, por favor, me dá outra chance e eu prometo que não vou magoá-la, eu prometo.
- Eu não sei se é certo, Niall, eu sou oito anos mais velha que você e… eu ainda estou magoada.
- Eu vou fazer por merecer, eu vou te fazer a mulher mais feliz desse mundo. Apenas me dê uma chance.
- Eu não posso. – Ela diz. Entrelaço meus dedos em seus cabelos e a puxo, dando um beijo nela.
- Vou considerar isso como um sim.
- Mas…
- Eu te amo. Muito.
- Idiota. Eu também me amo, eu sou espetacular e…
- Cala a boca. – beijei-a. -
Dessa vez eu não ira a decepcionar, pelo contrário, irei fazer de tudo para vê-la feliz. É como dizem, a mulher certa pode concertar qualquer homem, por mais errado que ele seja, e mesmo sem querer ela me concertou.
FIM